Utilizada pelas abelhas na construção dos favos, a cera é o resultado da secreção das glândulas de cera presentes no estômago desses insetos e faz parte do dia a dia da humanidade há mais de seis mil anos. No Egito antigo era empregada no processo de mumificação – a palavra “moum” em persa significa cera. Os romanos modelavam esculturas do perfil humano com a cera, e eram conhecidos por fazer frutas de cera que eram impossíveis de ser diferenciadas das originais.
Quase todos os povos da Antigüidade usavam cera nas cerimônias religiosas. Na Idade Média, os escribas utilizavam pedaços de madeira recobertos com uma fina camada de cera, escrevendo por cima da cera com estiletes.
Também era utilizada pela maioria dos povos como pagamento de taxas, tributos. A cidade de Córsega (ilha ao sul da França), por exemplo, pagava a Roma 38 toneladas de cera a titulo de tributos. Também era empregada para impermeabilizar barcos ou como combustível para lamparinas.
A sua coloração varia de branca a amarelo escuro que pode ser pela contaminação com pólen encontrado no mel, partículas de própolis e também torna-se escura com o uso, por causa das impurezas que nela se acumulam. Devido às propriedades emoluentes, amaciantes, moldantes e impermeabilizantes, a cera tem aplicação diversificada.
Os maiores consumidores são as indústrias de cosméticos (pomadas, loções, cremes faciais e labiais), indústria de velas e indústria apícola. Também entra na fabricação de cremes para calçados, em materiais de impermeabilização, indústria de armamento, polimento para pisos, móveis, couros e lentes telescópicas; na indústria farmacêutica, no revestimento de pílulas, confecção de pomadas, cânforas, na fabricação de graxas, e encáustica (técnica de pintura que utiliza cera), na composição de fita adesiva, gomas de mascar, tinas e vernizes, sendo um excelente isolante elétrico.
Para produzir um quilo de cera, as abelhas necessitam consumir em torno de seis a sete quilos de mel, e a média de produção de cera corresponde a 2% da produção normal de mel.
http://www.esalq.usp.br/biblioteca/PUBLICACAO/SP52/Producao_de_Cera.pdf