A produção de mel no País começou por volta de 1840, com a introdução de abelhas Apis melífera, trazidas da Espanha e de Portugal por iniciativa do padre Antônio Carneiro, para produzir as velas usadas durante a missa. Nos anos seguintes foram introduzidas abelhas nas regiões Sul e na Bahia. Naquela época, elas eram criadas de forma rústica nos fundos dos quintais, apenas para atender as necessidades de consumo das famílias.
Por volta de 1950 o aparecimento de doenças e pragas quase dizimou a apicultura no País. Para aumentar a produção, o pesquisador brasileiro Warnick Estevan Kerr trouxe da África as abelhas africanas, mais resistentes e que produziam mais mel, mas também mais agressivas. No entanto, por acidente, as abelhas africanas espacaram de um apiário experimental no município de Rio Claro, São Paulo, e se espalharam pelo País, provocando muito medo entre a população, tanto que foram chamadas de abelhas assassinas. Muitos apicultores desistiram da atividade. Para contornar a situação, foram distribuídas entre os apicultores rainhas italianas virgens, que se acasalavam com zangões africanos, resultando numa prole mais produtiva e menos agressiva. A estratégia deu certo.
Hoje as abelhas africanizadas, resistentes a doenças e pragas, são as responsáveis pelo desenvolvimento da produção apícola do País. Houve aumento do número de apicultores, de associações apícolas, de empresas, pesquisadores e cursos de capacitação na área. O mel brasileiro é reconhecido mundialmente por ser puro, livre de resíduos e é referência em qualidade.
Fontes de pesquisa:
http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Mel/SPMel/historico2.htm
http://www.macmel.net/?option=39
http://www.mel.com.br/historia-do-mel-no-brasil/
http://revistaplaneta.terra.com.br/secao/saude/mel-nectar-dos-deuses-produzido-por-insetos