A galangina, um derivado da própolis, poderá, no futuro, contribuir para melhorar a qualidade de vida de pessoas que têm bexiga hiperativa, caracterizada por vontade frequente de urinar, conforme estudos desenvolvidos por pesquisadores brasileiros. Pode-se dizer que uma pessoa tem bexiga hiperativa quando ela tem mais do que oito micções durante o dia.
Essa é uma doença que pode afetar homens e mulheres, mais frequentemente, após os 50 anos de idade. As causas são inúmeras, desde idiopáticas (causas desconhecidas) até neurogênicas de difícil controle. Há outros problemas que também causam esse distúrbio como cistites de repetição, diabetes mellitus não controlado, infecções urinárias e doenças da próstata.
A galangina é um bioflavonóide com poderes antioxidante e relaxante, importantes para atenuar a contração da musculatura da bexiga e que poderá complementar as terapias já existentes hoje para o tratamento desta doença, segundo a pesquisadora e médica urologista Míriam Dambros Lorenzetti, da Clínica Celula Mater, em São Paulo.
Pioneira no estudo da galangina, Míriam iniciou a pesquisa em 2003, na Holanda, a partir de experiências com ratos. Neste momento os estudos encontram-se ainda em fase experimental, necessitando estudos clínicos controlados antes da introdução do medicamento na pratica clínica. Além de médica urologista, Míriam é autora do livro Bexiga Hiperativa – Aspectos Práticos, em parceria com o urologista José Carlos Truzzi, e de artigos no site médico www.pubmed.com.br.